Governo de Jackson negou água para o projeto da refinaria
Marco Aurélio D’Eça
Editora de Política
Um documento divulgado ontem no horário eleitoral pela coligação “O Maranhão Não Pode Parar” revela que o governo Jackson Lago trabalhou contra a implantação da Refinaria Premium da Petrobras nos dois anos e quatro meses de administração. Trata-se de um ofício encaminhado pelo então secretário de Planejamento, Abdelaziz Santos, ao colega Júlio Noronha, da Indústria e Comércio, proibindo-o de cumprir até exigências básicas da Petrobras para trazer o empreendimento para o Maranhão. A revelação prova também que, se Jackson continuasse no governo, a Petrobras não instalaria a refinaria no estado – um investimento de US$ 40 bilhões e com potencial para gerar mais de 100 mil empregos.
Homem forte do governo Jackson Lago, Aziz Santos concentrava o poder de comando do Estado, com força para repreender, inclusive, o genro do governador, Júlio Noronha. No ofício, cobra de Noronha o fato de ele não ter refutado o pleito da Petrobras. A empresa pretendia a parceria da Caema no fornecimento d’água para a refinaria. O então secretário de Planejamento foi ríspido com o colega: “De modo não restar nenhuma dúvida (...) queremos, formalmente, reafirmar (...) enquanto responsável pela gestão dos recursos (...) que o estado do Maranhão não tem as mínimas condições de assumir (a responsabilidade)”.
No segundo parágrafo do documento, Aziz repreende outra vez Noronha classificando de “missão impossível” a tarefa de fornecer água à Petrobras, mesmo com o rio Itapecuru e a adutora do Itauís passando ao largo do terreno da refinaria. E fecha o texto dizendo que se sentiu atropelado na medida em que os entendimentos vinham se dando “sem a prévia consulta a esta [sua] secretaria”.
O veto do governo Jackson à Petrobras foi selado no dia 16 de setembro de 2008, exatamente sete meses antes de ser cassado. Nessa época, os estados de Pernambuco, Bahia e Ceará brigavam pelo empreendimento. Além de não dar andamento a nenhum dos itens preliminares, como desapropriação da área, remoção das famílias do local e os licenciamentos ambientais, o governo dele proibiu a Caema de atender necessidades da obra.
Cassado por compra de voto, Jackson deu lugar a Roseana Sarney (PMDB), que em menos de um ano cumpriu todas as etapas do protocolo reafirmado pelo governo do Maranhão. A obra já está assegurada, tem etapas licitadas e algumas delas já iniciadas. O cronograma oficial prevê a entrada em operação da refinaria em 2013.
Desinteresse tirou recursos do estado
O Maranhão correu o risco de perder a refinaria da Petrobras por absoluto desinteresse do governo Jackson, como mostra documento divulgado ontem no horário eleitoral. Mas o estado não teve a mesma sorte em relação à usina siderúrgica da empresa chinesa Baosteel, que deixou de ser implantada por falta de compromisso do então governador José Reinaldo Tavares, patrono e aliado de Jackson. O investimento, da ordem de US$ 2,4 bilhões, foi parar no Espírito Santo.
A discussão sobre a siderúrgica chinesa começou em 2003, início do governo José Reinaldo Tavares. A princípio, ele até demonstrou interesse – chegou a ir à China com o presidente Lula – mas, já com novos aliados, como Jackson Lago, José Reinaldo não deu andamento às tarefas que o seu governo deveria cumprir e perdeu o investimento.
Jackson correu risco de também perder a Suzano. A fábrica de celulose, que dará mais de 10 mil empregos na região de Imperatriz, não teve suas demandas atendidas à época e o seu projeto já focava os estados do Pará e do Tocantins. As negociações foram reabertas por Roseana e o investimento já está assegurado, com obras em andamento.
Atraso I
O ex-governador Jackson Lago foi confrontado ontem com uma verdadeira saia justa. O documento assinado por Aziz Santos e divulgado no programa do PMDB é um dado histórico de como Lago trabalhou pelo atraso do Maranhão. No Ofício, Aziz simplesmente proíbe o então secretário de Indústria e Comércio, Júlio Noronha - genro de Lago - de ceder qualquer benefício para a Refinaria Premium da Petrobras.
Atraso II
Jackson Lago herdou a opção pelo atraso do seu patrono e aliado José Reinaldo Tavares (PSB). Em 2003, no comando do estado, Tavares simplesmente desdenhou do interesse da gigante chinesa da siderurgia Baosteel de instalar uma siderúrgica no Maranhão. Resultado: a empresa chinesa desistiu de implantar seu projeto no estado.
Atraso I
O ex-governador Jackson Lago foi confrontado ontem com uma verdadeira saia justa. O documento assinado por Aziz Santos e divulgado no programa do PMDB é um dado histórico de como Lago trabalhou pelo atraso do Maranhão. No Ofício, Aziz simplesmente proíbe o então secretário de Indústria e Comércio, Júlio Noronha - genro de Lago - de ceder qualquer benefício para a Refinaria Premium da Petrobras.
Atraso II
Jackson Lago herdou a opção pelo atraso do seu patrono e aliado José Reinaldo Tavares (PSB). Em 2003, no comando do estado, Tavares simplesmente desdenhou do interesse da gigante chinesa da siderurgia Baosteel de instalar uma siderúrgica no Maranhão. Resultado: a empresa chinesa desistiu de implantar seu projeto no estado.
A Suzano só vai arrebentar o Maranhão assim como a Bunge e Cargil fizeram no sul do Maranhão. Não vai gerar emprego nenhum, essa conversa é só enganar otário. O exemplo da Suzano em outros estados é o que deve servir de base para uma análise mais coerente.
ResponderExcluirJudson Barros - Presidente da ONG Fundação Águas.
Filme da Suzano no Piauí: http://www.youtube.com/watch?v=etZlKe-UIlg&feature=related
ResponderExcluirA Obra da SUZANO em andamento no Maranhão é igual a do Piauí conforme o vídeo acima?.
ResponderExcluirO Maranhão precisa de DESENVOLVIMENTO para o bem do seu povo.