quarta-feira, 4 de maio de 2011

Gastão Vieira destaca redução da pobreza registrada no Maranhão

Maranhão é o segundo estado do Brasil em situação de miséria, diz governo



Nathalia Passarinho (Do G1, em Brasília)

A Bahia é o estado brasileiro com a maior concentração de pessoas em situação de extrema pobreza (2,4 milhões), de acordo com dados Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Nesta terça, o ministério informou que o Brasil tem 16,27 milhõesde pessoas nessa condição.
Os três estados com mais pessoas em extrema pobreza estão no Nordeste – o segundo é o Maranhão (1,7 milhão) e o terceiro é o Ceará (1,5 millhão). O Pará, na região Norte, é o quarto (1,43 milhão). O quinto é Pernambuco (1,37 milhão) e, em sexto, está São Paulo (1,08 milhão).
As menores concentrações de pessoas em situação de miséria estão no Distrito Federal (46,58 mil), Roraima (73,35 mil), Amapá (82,92 mil) e Santa Catarina (102,67 mil).
Os dados form produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para subsidiar o programa “Brasil sem Miséria”, que será lançado nas próximas semanas pela presidente Dilma Rousseff.
Regiões
A região Nordeste concentra a maior parte dos extremamente pobres – 9,61 milhões de pessoas ou 59,1%. Destes, a maior parcela (56,4%) vive no campo; 43,6% estão em áreas urbanas. A região Sudeste tem 2,72 milhões de brasileiros em situação de miséria, seguida por Norte, com 2,65 milhões, Sul (715,96 mil), e Centro-Oeste (557,44 mil).
Metodologia
Para demilitar os brasileiros que vivem em condição de extrema pobreza, o governo utilizou dados preliminares do Censo Demográfico de 2010. A linha de pobreza foi estabelecida em R$ 70 per capita considerando o rendimento nominal mensal domiciliar.
Desse modo, qualquer pessoa residente em domicílios com rendimento menor ou igual a esse valor é considerada extremamente pobre. Há, no entanto, integrantes de uma família que, apesar de não terem qualquer rendimento, não se encaixam na linha de extrema pobreza.
Para calcular as pessoas sem rendimento que, de fato, se incluem na linha de miséria, o IBGE realizou um recorte que considerou os seguintes critérios: residência sem banheiro ou com uso exclusivo; sem ligação de rede geral de esgoto ou pluvial e sem fossa séptica; em área urbana sem ligação à rede geral de distribuição de água; em área rural sem ligação à rede geral de distribuição de água e sem poço ou nascente na propriedade; sem energia elétrica; com pelo menos um morador de 15 anos ou mais de idade analfabeto; com pelo menos três moradores de até 14 anos de idade; com pelo menos um morador de 65 anos ou mais de idade.
POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE EXTREMA POBREZA POR ESTADO
Bahia2.407.990
Maranhão1.691.183
Ceará1.502.924
Pará1.432.188
Pernambuco1.377.569
São Paulo1.084.402
Minas Gerais909.660
Piauí665.732
Amazonas648.694
Alagoas633.650
Paraíba613.781
Rio de Janeiro586.585
Rio Grande do Norte405.812
Sergipe311.162
Rio Grande do Sul306.651
Paraná306.638
Goiás215.975
Mato Grosso174.783
Tocantins163.588
Espírito Santo144.885
Acre133.410
Rondônia121.290
Mato Grosso do Sul120.103
Santa Catarina102.672
Amapá82.924
Roraima76.358
Distrito Federal46.588
Total / Brasil16.267.197
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Gastão Vieira destaca redução da pobreza registrada no Maranhão


BRASÍLIA - O deputado federal Gastão Vieira (PMDB-MA) destacou ontem, em discurso na tribuna da Câmara Federal, o crescimento da renda do Maranhense revelado por estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No Maranhão, o índice de queda da pobreza chegou a 45%, enquanto em São Paulo foi de apenas 9%. "É com muito prazer e com muita satisfação que eu me congratulo com todos aqueles que lutaram no meu estado para que nossas condições melhorassem. Elas ainda são muito graves, mas saímos de um patamar muito ruim e agora estamos caminhando rumo a um desenvolvimento mais equilibrado do ponto de vista econômico e do ponto de vista social", destacou o parlamentar.

Para Gastão Vieira, o crescimento da renda no Maranhão, no período de 2001 a 2009, pode ser explicado principalmente por dois fatores: o primeiro foram as reformas estruturantes e o esforço de investimento (público e privado) implementados no estado na década anterior, que sedimentaram as bases para garantir a sustentabilidade do crescimento na década seguinte.

O segundo fator, segundo ele, foi a política de inclusão do governo Lula, com o Programa Bolsa Família, responsável por beneficiar prioritariamente a região Nordeste e, em especial, os estados com rendas mais baixas, como o Maranhão. "Cresceu a renda de cada pessoa numa família, e cresceu pelos programas de inserção de renda do presidente Lula como o Bolsa Família. Mas cresceu, principalmente, pelo esforço feito na década anterior", destacou.

Como justificativa para atribuir os resultados à década anterior, Gastão Vieira justificou que isso ocorre quando os governos se preocupam não só com o presente, mas com o futuro de um estado. "Um bom governo preocupa-se não só com a situação presente, mas principalmente com o futuro. Portanto, os resultados de um governo geralmente vão aparecer após seu período de gestão, como foi o caso da gestão de Roseana Sarney", disse.

Os dois primeiros governos de Roseana Sarney ocorreram entre 1994 e 2002, quando foram feitas algumas reformas que repercutiriam nos anos seguintes - exemplo do programa rodoviário, das obras urbanas em São Luís e várias cidades do interior, os projetos de avanço escolar e o plano de turismo, que incluíram o estado na rota do turismo, sobretudo com os Lençóis Maranhenses, a região da Floresta dos Guarás, a Chapada das Mesas e o Centro Histórico de São Luís, hoje referências turísticas. "O Governo do Maranhão, comandado pela governadora Roseana Sarney, fez altíssimos investimentos públicos: na região de Balsas, consolidando aquele grande processo de desenvolvimento baseado nos grãos; dentro de São Luís, com a expansão da Alcoa e com expansão da Companhia Vale do Rio Doce", destacou o deputado peemedebista.

Após Roseana Sarney, vieram os governos de José Reinaldo Tavares (2002/2007) e Jackson Lago (2007/2009), ambos marcados pela retração econômica. Mesmo assim, ficaram as bases para o avanço na renda do maranhense. "Não há milagre em economia. Economia não cresce por decreto. Economia cresce quando, numa década anterior, criou-se condições para que, na década seguinte, houvesse crescimento sustentado que desse efetivamente esses resultados", ensina o parlamentar, que foi secretário de Planejamento e de Educação nos primeiros mandatos de Roseana Sarney.

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