Um governo com a legitimidade questionada deveria ter no mínimo alguma preocupação em dar transparência a seus atos e, principalmente, às informações mais importantes da sua contabilidade. Deveria informar ao cidadão os montantes recebidos do contribuinte para aplicá-los no seu programa de ação. Mas, infelizmente, não é o que acontece com o governo do PDT liderado pelo governador Jackson Lago.
O atual governador seguiu a linha do seu antecessor: escondeu números. Ninguém sabe quanto o governo recebe nem quanto gasta. Salvo o que vem para o Maranhão em transparências federais garantidas pela Constituição da República - Fundo de Participação dos Estados, IOF, Fundeb, Lei de Compensação, Cide e Fex -, já que os valores são mensalmente liberados via internet pela Secretaria do Tesouro Nacional.
Por esses caminhos, a coluna buscou os números, fez as contas e descobriu que em 25 meses de existência sub judice, o governador Jackson Lago administrou R$ 6.503.378.434,45 - isso mesmo, mais de 6,5 bilhões -, o que representou uma média mensal de R$ 260.135.137,37. Em 2007 foram R$ 2.826.962.503,43, enquanto em 2008 o volume saltou para R$ 3.387.999.746,41, ou seja, R$ 561 milhões a mais. Dessa bolada bilionária, R$ 835,6 milhões foram recursos do Fundeb destinados à educação, o que representou uma média de R$ 33,1 milhões, dinheiro suficiente para pagar integralmente a folha de todo o setor educacional do Maranhão, com sobra para custeio e outras despesas do setor educacional.
Outro segredo guardado a sete chaves é o valor do ICMS e outros tributos cobrados pelo Estado. Uma fonte informal da Secretaria da Fazenda revela que o valor médio arrecadado mensalmente alcança R$ 200 milhões. Isso significa que nestes 25 meses o governo embolsou R$ 5 bilhões, o que, somado com as transferências federais, totaliza R$ 11,5 bilhões nos últimos 25 meses.
Vale então perguntar: o que foi feito com tanto dinheiro?
domingo, 1 de março de 2009
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