Maranhão terá 18 campi do novo instituto de educação tecnológica
Presidente Lula sanciona lei que cria 38 institutos federais em todo o país
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou ontem o projeto de lei que cria 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia (Ifets) no país. No Maranhão, haverá um instituto, 18 campi e 21,6 mil vagas, nas cidades de Açailândia, Alcântara, Bacabal, Barra do Corda, Barreirinhas, Buriticupu, Caxias, Codó, Imperatriz, Pinheiro, Santa Inês, São João dos Patos, São Raimundo das Mangabeiras, Timon e Zé Doca. A reitoria estará localizada em São Luís, que terá unidades no Centro Histórico, no Maracanã e no Monte Castelo.
A senadora Roseana Sarney (PMDB) foi uma das principais defensoras da ampliação do ensino federal profissionalizante no Maranhão. Ela havia levado pessoalmente ao ministro da Educação, Fernando Haddad, relatório com os projetos do FNDE/MEC de interesse dos municípios maranhenses, quando pediu prioridade para o estado na implantação de escolas de ensino profissional e tecnológico. “Para o estado crescer economicamente, é preciso preparar nossos jovens para esse crescimento. Daí a importância do ensino profissionalizante” disse Roseana.
A medida traz uma nova realidade para os jovens brasileiros. Com os institutos, presentes em todos os estados, aumentará o número de vagas em cursos técnicos de nível médio, em licenciaturas e em cursos superiores de tecnologia.
Criados a partir da rede federal de educação profissional existente (cefets, agrotécnicas e escolas vinculadas a universidades), os institutos partirão de 168 campi e alcançarão 311 até 2010. No mesmo período, as vagas passarão de 215 mil para 500 mil.
Os institutos oferecerão metade de suas vagas ao ensino médio integrado ao profissional, dando ao jovem uma possibilidade de formação já nesta etapa do ensino. Na educação superior, haverá destaque para os cursos de engenharias e bacharelados tecnológicos (30% das vagas). E outros 20% serão reservados para licenciaturas em ciências da natureza, já que o Brasil apresenta grande déficit de professores em física, química, matemática e biologia. Ainda serão incentivadas as licenciaturas de conteúdos específicos da educação profissional e tecnológica, como a formação de professores de mecânica, eletricidade e informática.
FUNCIONAMENTO
As unidades ainda terão forte inserção na área de pesquisa e extensão, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas e estendendo seus benefícios à comunidade. Os institutos federais terão autonomia, nos limites de sua área de atuação territorial, para criar e extinguir cursos, bem como para registrar diplomas dos cursos por eles oferecidos, mediante autorização do seu Conselho Superior. Também exercerão o papel de instituições acreditadoras e certificadoras de competências profissionais. Cada instituto é organizado em estrutura com vários campi, com proposta orçamentária anual identificada para cada campus e reitoria.
“Estamos oferecendo ao país um novo modelo de instituição de educação profissional e tecnológica, aproveitando o potencial da rede existente. Os institutos responderão de forma mais ágil e eficaz às demandas crescentes por formação de recursos humanos, difusão de conhecimentos científicos e suporte aos arranjos produtivos locais”, diz Eliezer Pacheco, secretário de educação profissional do Ministério da Educação (MEC). Os institutos integram o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
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