quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Deputado repudia livro que ataca Sarney

O deputado federal Bene Camacho (PTB-MA) voltou a repudiar a "maneira leviana" com que o jornalista e escritor Palmério Dória se refere ao ex-presidente da República e atual presidente do Senado, José Sarney, em seu livro "Honoráveis Bandidos".




"O jornalista comete injustiças e lança acusações levianas sob orientação política daqueles que, por inveja, desconhecimento ou pura perseguição, não querem reconhecer a grandeza da figura política do Presidente Sarney e sua contribuição para a política e a cultura do Maranhão e do Brasil", afirmou o parlamentar.



Bene já havia registrado seu repúdio em sessão da Câmara dos Deputados, do dia 5 de novembro, por ocasião do Dia Nacional da Cultura Brasileira.



Da tribuna, o deputado maranhense registrou que "para que tenhamos uma ideia da maneira leviana como esse livro foi escrito, gostaria de citar alguns relatos insuspeitos" publicados em jornal de São Luís, "a respeito de uma entrevista de seu autor, Palmério Dória".



"Inicialmente, vemos a relação histórica que esse autor tem com o PDT, que, no Estado do Maranhão, tem como seu decano o ex-governador Jackson Lago, cassado em decorrência de inúmeras improbidades na campanha política do Governo do Estado", relatou o deputado durante sua fala.



"Na entrevista, Senhor Presidente, quando perguntado como o livro Honoráveis Bandidos tomou forma, o autor falou o seguinte: ‘O que me orienta é o método onírico-dialético, uma brincadeira criada nos anos 70 (...)’. Ou seja, o método por meio do qual esse livro foi construído se baseia em conversa, falação, sonhos", criticou.



Em outro trecho do discurso, Bene registrou: "Quando perguntado quantos dias ele permaneceu pesquisando no Maranhão para fundamentar esse livro, ele disse o seguinte: ‘Dei muita sorte no Maranhão (...) de encontrar as pessoas certas para cumprir as pautas que estabeleci. (...) passei alguns dias em São Luís sabendo direitinho com quem eu queria encontrar’. Quando perguntado como fez para fundamentar a pesquisa para o livro e se teve acesso a documentos, ele disse: ‘Não existe um método, não’".



O deputado explicou então a razão do jornalista ter agido dessa maneira: "Nós podemos ver como esse livro procura atingir a honra de pessoas que se têm dedicado à vida pública para trabalhar em prol do nosso País e, principalmente, do meu Estado, o Maranhão. E essas pessoas são atingidas de uma forma desagradável, baseada simplesmente em falácias e suposições".



"Encerrando a entrevista, perguntaram ao autor qual, durante os seus 40 anos de jornalista, o seu ponto de maior referência. A resposta foi uma curta passagem pela revista Sexy, que, com todo o respeito à publicação, não acredito seja uma referência séria no que diz respeito a assuntos políticos", prosseguiu o deputado.



"Acho que o autor deveria ficar restrito ao assunto que ele pauta como de seu maior interesse. Eu só poderia me referir ao motivo desse livro reproduzindo uma citação do próprio autor: ‘Não tenho nada contra Sarney, tenho tudo contra o que ele fez com o Maranhão", criticou o deputado.



Em seguida, Bene explicou o quê o jornalista quis dizer com a expressão "tenho tudo contra o que ele [Sarney] fez com o Maranhão": "Então, acredito que ele [o jornalista] é contra a instalação da Ferrovia Norte-Sul, da Ferrovia de Carajás, do Porto de Itaqui e da rede elétrica que o senador levou para o Maranhão, bem como é contra os novos investimentos na Refinaria Premium da Petrobras, a construção da Usina Hidrelétrica de Estreito e da Aciaria do Polo Industrial de Açailândia".



Finalizando, Bene justificou o seu discurso: "Queremos fazer este registro para que todos saibam o motivo que o levou [o jornalista] a escrever esse livro".

http://www.oprogresso-ma.com.br/progresso1.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário