quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Escândalo "Opera Prima" SAIBA POR QUE A POLÍCIA "CAÇA" ALIADO DE ADERSON

Basicamente 3 fornecedores “calçaram” o saque criminoso de R$ 1.260.000,00 do convênio 127/2005, assinado entre a secretária de Estado da Saúde, Helena Duailibe, e o prefeito de Mata Roma, Lauro Pereira Albuquerque, no penúltimo dia útil de 2005, no valor de R$ 1.260.000,00, integralmente repassado em 2006.


A Espontânea Material Hospitalar, de São Luís, operava cerca de R$ 50 mil por mês; Distribuidora GM, do Piauí, manuseava R$ 10 mil por mês, e o filho do prefeito, vereador Bezaliel Pereira Albuquerque, cuidava de cobrir outros R$ 10 mil mensais com notas de gráficas e de “fornecedores de serviços de manutenção dos equipamentos hospitalares”.

Para fechar os R$ 105 mil mensais, seis médicos e dentistas, todos ligados familiarmente ao prefeito, a assessores de Aderson Lago e ao secretário municipal da Saúde (Gustavo Adriano Matos Correa), assinavam o recebimento de salários de cerca de R$ 6 mil. Segundo diagrama manuscrito deixado junto às notas fiscais e extratos da conta bancária do convênio, “ninguém trabalhava”.

Do dinheiro pago à Espontânea, diz o diagrama, respaldado em movimentações bancárias, Henrique Barbosa e Gustavo Lago, ambos assessores de Aderson, mês a mês se revezavam no recebimento de um cheque no valor de R$ 17 mil. Pelo valor, eles eram forçados ao endosso no verso dos cheques, para poder sacá-los no caixa do Banco do Brasil. “Basta que o TCE ou o MPE requeira ao banco fotocópias desses cheques, para que se comprove o crime” – diz o autor do manuscrito.

Do dinheiro pago à Distribuidora GM, o diagrama não faz referência nenhuma, mas curiosamente as notas fiscais de fornecimento são carimbadas pelos postos fiscais do Piauí, como se, de fato, as mercadorias tivessem sido transportadas para Mata Roma. Pesa contra esse fornecedor o fato dele ter sérias complicações de liquidez, a julgar pela quantidade de títulos protestados e de cheques emitidos sem provisão de fundos.

As notas mensais operadas pelo filho do prefeito são sempre exatas de R$ 10 mil reais, independentemente do tipo de serviço e de fornecedor. Tem “manutenção” em equipamento não discriminado e “fornecimento de peças” por firma que não tem essas mercadorias. Tem, também, a exagerada impressão de fichas de cadastramento de recém-nascidos, parturientes, hipertensos e aposentados, numa quantidade compatível com população 30 vezes maior com a que de fato possui Mata Roma.

Na Espontânea, o diretor Pedro Paulo, por telefone, se irritou ao falar de notas fiscais sem carimbo dos postos de arrecadação do Estado. “Essas mercadorias forma apanhadas aqui, pelo carro da Prefeitura, porque era situação de emergência” – disse ele. Em meio a essas emergências estão dezenas de “balanças mecânicas”, dessas de pesar as pessoas.

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