segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


Na política do Maranhão só existe mocinho, felizmente

O Maranhão é visto pelo resto do país como um Estado onde a bandalheira existe de maneira generalizada.

Qualquer cineasta que queira fazer um filme usando como tema a política do Estado do Maranhão, por absoluta falta de bandidos, ao contrário do que mostra o jornalista Palmério Dória, no seu livro “Honoráveis Bandidos” não conseguirá. Nesse seu livro muito polêmico, por sinal, mas que só tem um lado, que por má fé ou por desconhecimento da história recente deste Estado o seu autor, omite. O que tira muito da credibilidade desse livro, que pretende satanizar a família Sarney, esquecendo de mostrar também a verdadeira face daqueles que fazem oposição a esse grupo. A face oculta de um grupo que em nada difere no seu modo de agir, daqueles que escolheram como vitima preferencial.

Hoje mesmo, ao fazer alguns contatos no município de Timon, com gente da oposição e da situação, fiquei boquiaberto com as notícias enriquecimento de algumas pessoas que julgava sérias, acima de qualquer suspeita. Políticos que conseguiram num curto espaço de tempo, amealhar fortunas colossais.

Nenhum governo maranhense resiste a uma investigação criteriosa, seja de que lado for o governo, porque, o germe da corrupção já está institucionalizada num Estado, onde o mérito não conta, bastando para que alguém se destaque em qualquer setor de atividade, cair nas graças do cacique de plantão.
“No Maranhão não há verdade”, como dizia Antonio Vieira nos seus sermões. No Maranhão, há isto sim, grandes negociatas, com cada grupo político sendo corrupto a sua maneira. No Maranhão, como a corrupção não foi eliminada, todos os políticos indistintamente, resolveram se locupletar.

Na realidade, o que existe o sujo falando do mal lavado, como costuma dizer o caboclo maranhense, que por ignorância, resolveu levar tudo na valsa, como se diz na gíria. Esse Estado de indiferença em que permanentemente se encontra o maranhenase é o que os sociólogos apelidaram de alienação ou alheamento para os psicólogos. Nesse último caso, já se trata de uma doença.

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