quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Polícia pede a prisão de Aderson Lago e aliados



Da editoria de Política

A Polícia Civil do Maranhão enviou no fim do ano passado à Justiça inquérito pedindo a prisão preventiva do ex-deputado e ex-chefe da Casa Civil Aderson Lago e mais quatro pessoas que formariam com ele uma quadrilha especializada em desvio de recursos públicos.

Aderson Lago, o ex-prefeito de Mata Roma Lauro Pereira Albuquerque, o Grachal, o filho dele, vereador Besaliel Freitas Albuquerque, e os empresários Pedro Paulo Mendes Filho e Raimundo Nonato Martins são acusados de desviar, em 2005, R$ 1,260 milhão de um convênio da Secretaria de Saúde que serviria para a manutenção do hospital Tales Ribeiro Gonçalves, localizado na cidade.

O processo, de número 383992009, tramita na 10ª Vara Criminal, cuja titular é a juíza Oriana Gomes. O “grupo criminoso”, segundo define o inquérito, é acusado dos crimes de formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e dispensa de licitação fora das hipóteses previstas em lei.
Segundo o inquérito, elaborado pela Comissão de Investigação de Crimes contra o Erário, o desvio funcionou da seguinte maneira: todo mês eram depositados R$ 105 mil oriundo do convênio 127/2006-SES em favor da Prefeitura de Mata Roma. Desse valor, o município depositava R$ 50 mil na conta da empresa Espontânea Material Hospitalar, de propriedade de Pedro Paulo Mendes.

A firma, por sua vez, adquiria apenas R$ 20 mil em remédio, sendo os R$ 30 mil restantes rateados da seguinte forma: Aderson Lago ficava com R$ 17 mil, repassados pelos então assessores Hermildo Barbosa e/ou Augusto Lago, e os outros R$ 13 mil eram divididos entre Grachal e o filho vereador. “Ressalta-se que do restante dos R$ 105 mil mensais, ou seja R$ 55 mil, eram pulverizados na campanha política do ex-deputado através do ex-prefeito e seu filho”, relata a peça policial.

A peça policial informa que o “líder do grupo criminoso”, Aderson Lago, já é investigado em três outros inquéritos: desvio de R$ 5 milhões no chamado caso “Ópera Prima”, oriundo deste esquema de Mata Roma, mas operado em Caxias, R$ 2,5 milhões em concessões irregulares de passagens aéreas; e mais R$ 1,9 milhão no fretamento indevido de aeronaves.

Ao todo, o ex-deputado é acusado de operar desvio de R$ 10 milhões do erário.

Os indiciados

Aderson de Carvalho Lago Filho - Formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva qualificada, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro.

Lauro Pereira Albuquerque (Grachal) – Formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva qualificada, advocacia administrativa, dispensa ou inexigibilidade de licitação fora das hipóteses previstas em lei, responsabilidade e lavagem de dinheiro.

Besaliel Freitas Albuquerque – Formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva qualificada, corrupção ativa, advocacia administrativa e lavagem de dinheiro.

Pedro Paulo Mendes Filho - Formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa, dispensa ou inexigibilidade de licitação fora das hipóteses previstas em lei e lavagem de dinheiro.

Raimundo Nonato Martins Brito – Formação de quadrilha ou bando, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa, dispensa ou inexigibilidade de licitação fora das hipóteses previstas em lei e lavagem de dinheiro.

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