quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Confusão em lançamento de livro contra Sarney. Ao que tudo indica tudo não passou de armação para incriminar os Sarney


(20h30)- Muita confusão agora há pouco durante o lançamento do livro em que o jornalista Palmério Dória critica de forma pessoal a trajetória política do presidente do Senado, José Sarney. Um grupo de cerca de 30 estudantes, comandados pela Umes (União Municipal de Estudantes Secundaristas) e Fejuma (Federação de Juventude Maranhense), chegou no Sindicato dos Bancários, local do evento, gritando palavras de ordem quando foram agredidos e retirados à força pelo público.

Os estudantes entraram no auditório sindicato chamando o lançamento do livro de “palhaçada”, dando início ao tumulto. Eles foram atingidos por cadeiras, pedras, socos e pontapés e revidavam como podiam. Ovos e até uma torta foram arremessados nos organizadores do evento. O local ficou parcialmente destruído. Presente, o ex-governador Jackson Lago deixou o auditório correndo. Dois estudantes foram detidos pela polícia.

Em contato com o blog a presidente da Umes, Islane Vieira, disse que os manifestantes até tentaram recuar antes de começarem as agressões, mas foram agarrados pelos militantes alinhados ao ex-governador. Na saída, ainda foram apedrejados.
“Foi muita porrada em cima da gente. Jogaram cadeiras e pedras. Fui muita atingida na cabeça e barriga. Estou com marcas no braço”, disse ela, gemendo de dor.
Não deixa de ser uma provocação o lançamento do livro em São Luís. Há inclusive quem garanta que Palmério Dória está sendo patrocinado pela mesma turma que tentou tirar Sarney do Senado - o governador José Serra (PSDB-SP) deve estar pelo meio.


Alguns estudantes estão refugiados nesse momento no Plantão Central da Beira-Mar com receio de voltarem a ser agredidos por partidários de Jackson Lago. Alguns militantes do PDT estariam na sede da Umes à procura dos colegiais.

A presidente da Fesma (Federação dos Estudantes Secundaristas do Maranhão), Ana Paula Ribeiro, vai prestar queixa ainda na tarde desta quinta-feira na Delegacia da Mulher contra o deputado federal Domingos Dutra (PT). Ela alega que o petista também a atingiu durante o tumulto de ontem no Sindicato dos Bancários. O fato pode se configurar em quebra decoro parlamentar.

Dutra aparece hoje na capa do Jornal Pequeno (reprodução) exibindo a carteira de identidade e segurando no colo a bolsa da estudante como se fosse um troféu. Ana Paula afirma ter recebido pontapés, socos e cadeiradas durante o protesto. Além de agressão, o deputado é acusado de confiscar a bolsa com documentos, celular e objetos pessoais da manifestante.

Na ação, segundo ela, o petista teve o apoio de Márcio Jardim, Renato Dionísio e aliados do ex-secretário Weverton Rocha. Segundo Ana Paula, a foto na capa do jornal é aprova que o parlamentar é um dos responsáveis pelas agressões sofridas por ela. Caso a polícia confirme o fato, ele poderá ser enquadrado na Lei Maria da Penha.

As mulheres foram as maiores vítimas da confusão. Diretora da UNE, Milene Oliveira procurou um hospital para fazer exames de Raio X por causa de uma cadeirada. Marconi Edson, da UEE (União Estadual dos Estudantes Universitários), disse não ter entendido a forma raivosa como os manifestantes foram confrontados por aliados do ex-governador Jackson Lago (PDT).

Numa confusão como essa não dá para saber quem tem razão. No entanto, as fotos do blog mostram que o grupo contrário ao ex-governador é que foi agredido.

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