8/11/2009
Ceará desconfia da Petrobras
Apesar de tudo, o Governo do Estado recebe boas notícias: o estaleiro, se ganhar na Transpetro, já tem local
Todas as fontes direta ou indiretamente ligadas aos projetos de desenvolvimento econômico do Ceará mostram-se hoje mais otimistas com o futuro próximo. Mas também sustentam antigas preocupações com o andamento de pelo menos um dos chamados projetos estruturantes - o da Refinaria de petróleo.
Passeia pela mente do estado-maior do Governo cearense a suspeita de que, se depender da Petrobras, a Refinaria Premium, prometida algumas vezes pelo próprio Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, será construída... no Maranhão, onde a burocracia foi acelerada por iniciativa do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Aqui, segundo as fontes consultadas, cresce a desconfiança de que a Petrobras tira proveito das muitas dificuldades - principalmente as de ordem ambiental - para protelar as medidas que poderiam antecipar as etapas do projeto de construção da unidade de refino no Pecém.
Na sexta-feira, 6, este assunto foi incluído na pauta de uma reunião do governador Cid Gomes com os secretários da área de infra-estrutura e de desenvolvimento econômico. Nada vazou do que se disse nesse encontro, mas uma fonte da área ambiental confirmou uma informação segundo a qual a Petrobras acompanha, com muito interesse, a questão da presença dos índios Anacé nos terrenos onde se pretende implantar o Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Sem vontade de viabilizar o investimento da Refinaria Premium no Ceará - segundo a mesma fonte - a Petrobras estaria torcendo para que o impasse com a Funai prospere.
Mas há boas e novas notícias: 1) um grande grupo nacional comunicou ao governador Cid Gomes que fará um investimento de porte na geração de energia renovável no Ceará; 2) o Estaleiro Ceará, se vencer a licitação da Transpetro, cujas propostas serão conhecidas na próxima quinta-feira, 12, já tem garantida a área onde será instalado - mas sobre este assunto ninguém fala, nem o presidente da empresa, ainda virtual, Paulo Haddad, nem o governador Cid Gomes, nem o presidente da Adece, Antonio Balhmann. A ordem é: todo mundo calado.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=688845
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