Marco Aurélio D'Eça
Da editoria de Política
Pelo menos R$ 175,5 mil foram gastos pela Casa Civil no governo cassado de Jackson Lago (PDT) em fretamento de aeronaves para viagens aéreas cujos passageiros não constam dos relatórios de vôos. Foram nove viagens, entre abril e dezembro de 2008, com pessoas não identificadas, que viajaram para o interior do Maranhão e para fora do estado. As informações constam do relatório da Comissão de Investigação de Crimes Contra o Erário Estadual (CICCEE).
De acordo com o relatório, entre os vôos do próprio chefe da Casa Civil, Aderson Lago (PSDB), os com passageiros não identificados e os que foram usados por aliados do governador Jackson Lago – José Reinaldo, Julião Amin, Carlos Brandão e Roberto Rocha, principalmente – custaram, apenas naquele período, R$ 3,4 milhões.
“O gestor da Casa Civil, senhor Aderson Lago, e seus assessores, apostando na impunidade, sequer tiveram o cuidado de, no relatório de vôo, fazerem constar os nomes dos passageiros a serviço de quem as aeronaves foram fretadas, nem as finalidades dessas viagens”, diz o documento da comissão.
Só para Barreirinhas foram três viagens sem passageiros informados. No dia 16 de maio de 2008, uma aeronave da Heringer Táxi Aéreo deixou São Luís por volta das 8h com destino à cidade, considerada pólo turístico do Maranhão. Retornou por volta das 17h por um custo total de R$ 7.194,00. No mesmo dia, outra aeronave da Heringer partiu às 9h, retornando às 17h. O mesmo destino saiu pela metade do preço: R$ 3.597,00.
A outra viagem para Barreirinhas ocorreu em dezembro de 2008 – o relatório não especifica o dia. Um avião saiu de São Luís às 8h e voltou às 12h. Custo: R$ 4.601,00. Também não há informação sobre passageiros.
Imperatriz - Também em dezembro de 2008 duas aeronaves saíram quase no mesmo horário para Imperatriz. A primeira alçou vôo às 7h30. Meia hora depois, a segunda também partiu. A primeira voltou ao meio-dia e a segunda às 15h. Pelos vôos, a Casa Civil pagou R$ 21.070,00 sem que se saiba quem utilizou as aeronaves.
A lista de vôos com passageiros “fantasmas” cujo pagamento foi autorizado por Aderson Lago inclui ainda duas viagens para Teresina (PI), ao custo de R$ 7.194,00 e R$ 8.547,00, respectivamente. Os aviões foram ainda para o município de Pastos Bons, num vôo de sete horas que custou aos cofres públicos estaduais mais R$ 19.092,00.
http://imirante.globo.com/oestadoma/noticias/2009/11/19/pagina165319.asp
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